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Falar de novo com quem já se foi: sonho ou perigo?

  • Foto do escritor: Rochele de Matos
    Rochele de Matos
  • 13 de nov.
  • 2 min de leitura

Você já imaginou continuar conversando com alguém que ama mesmo depois da morte?

Esse é o propósito do chamado Grief Tech — um movimento que usa inteligência artificial para recriar interações com pessoas falecidas.

Foi o que fez Justin Harrison, fundador da startup You, Only Virtual. Antes de perder a mãe, ele reuniu mais de 3.800 mensagens, áudios e e-mails trocados com ela. Com esse material, criou uma “versona digital” capaz de responder como se fosse sua mãe — um griefbot.

A ideia é simples, mas poderosa: a IA aprende com o histórico de conversas e cria uma versão digital capaz de responder com o mesmo tom, jeito e até humor da pessoa amada.

O dilema entre memória e ausência

Se por um lado essa tecnologia pode trazer conforto, permitindo que familiares aliviem a dor do luto, por outro levanta debates profundos:


  • Até que ponto estamos prolongando artificialmente algo que precisa ser vivido — o processo natural da perda?

  • Existe o risco de dependência emocional de uma versão que nunca será “a pessoa real”?

  • Quem controla essa memória digital? Família, empresas de tecnologia ou ninguém?


Mais do que futuro, já é presente

O avanço da inteligência artificial acelera esse tipo de inovação. O grief tech não é mais ficção científica — já é uma realidade em crescimento, principalmente nos Estados Unidos.

É o encontro entre tecnologia e humanidade, desafiando nossa visão sobre memória, morte e até espiritualidade.

E você?

Na sua opinião, o grief tech é uma ferramenta que pode ajudar famílias a lidarem melhor com o luto, ou será mais um desafio emocional e ético para a sociedade?


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